O impacto causado na sociedade atual pela educação a distância é um assunto bastante explorado no momento, mas, ainda há muito para se discutir. Os debates sobre EAD visam o esclarecimento deste processo de ensino-aprendizagem, e conseqüentemente, a conscientização de todos, quanto ao gerenciamento da auto-aprendizagem mediada por recursos didáticos sistematicamente organizados e vinculados por diversos meios de comunicação.
Cursos a distância estão se propagando a uma grande velocidade e muitas vezes na intenção de acompanhar esta evolução, alguns se intitulam capacitados para este projeto. Porém, sabemos que se faz necessário um direcionamento no sentido de manter qualitativamente os níveis de aprendizagem, visando à valorização da EAD. A intervenção da comunidade acadêmica, verdadeiramente comprometida, se faz necessária na condução e formação daqueles que atuarão na EAD. Os padrões éticos da educação devem ser preservados e amplamente divulgados.
EAD tem participado do processo educativo desde os tempos mais remotos. Em torno de 1728, por exemplo, em Boston (EUA), publicou-se através da gazeta de Boston o anúncio de que os participantes de um curso de taquigrafia à distância receberiam em suas casas as lições ou instruções. Mas, apenas no século XIX na Europa que foi caracterizada a primeira geração de procedimento de ensino a distância por meio de correspondência.
No decorrer deste século, registrou-se em vários países uma crescente utilização do sistema de ensino por correspondência, e como em quase todas as áreas, as guerras ocorridas mundialmente, impulsionaram os avanços nos meios de comunicação, e conseqüentemente o desenvolvimento das metodologias aplicadas ao ensino a distância.
No Brasil a evolução histórica da EAD não foi diferente da ocorrida nos demais países, apenas iniciou-se algum tempo depois. Registra-se que em marinha utilizou-se do ensino por correspondência. Em 1941 foi fundado o Instituto Universal Brasileiro, sediado em São Paulo-SP, os cursos oferecidos na época eram basicamente profissionalizantes e tecnologias como o rádio e posteriormente a televisão permitiram a ampliação e diversificação dos programas de EAD. Em 1992 foi criada a Coordenadoria Nacional de educação a distância na estrutura do MEC e a partir de 1995, a Secretaria de Educação a distância. Os registros de experiências e trabalhos de EAD no Brasil, não se resumem apenas aos exemplos aqui citados, mas são inúmeros.É cada vez mais evidente que a “educação encurta distâncias”, removendo as barreiras e isto se aplica à EAD embora pareça contraditória a sua terminologia. Sabe-se que ao longo do tempo este modelo de ensino tem se superado e alcançado distâncias cada vez maiores, universalizando o conhecimento científico e possibilitando que todas as classes, principalmente as menos favorecidas, tenham acesso à educação.
É através das inovações tecnológicas que o aprimoramento das metodologias aplicadas no processo de Educação a distância deve aproximar cada vez mais os orientadores de seus alunos. Hoje, isto já pode ocorrer de forma interativa e em tempo real, através das diversas formas como, por exemplo, as videoconferências e os chats.
Muitos são os componentes desta modalidade tão contextualizada de ensino e muitos são os fatores que têm contribuído para o sucesso da EAD no Brasil e no mundo, mas o principal estímulo tem sido os inúmeros frutos deste empreendimento inovador.
Autor: Rosevania Correia Nunes